Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ninguém que seja

Escrevo e desescrevo frases
quebradas na insónia
para ninguém que vive,
ninguém que amo,
que desejo,
que passa pelas minhas mãos doentes
e me arranca de sonhos com final feliz
que escrevo e desescrevo
cada noite ao fio da madrugada
quando tudo cala e ele já não é
ninguém que seja.