Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ilusão apenas nas margens da realidade

Nos messes do desespero foram
ruindo as muralhas da cidadela.
Ninguém ha de erigi-las novamente.
Conquistará o vento os esconderijos
mais lôbregos e as ruelas tortuosas
por que passeei os dias
na procura de paredes nuas onde
encostar-me para não me alastrarem
as sombras pensamento nem fortuna.

Morarei agora sob o entulho
verde-musgo e a terra ruça
na aguarda das noites infalíveis
que me amparem do teu fulgor ausente.