Esculpirei sem pedra,
por exemplo,
e negarei o que sinto nas pontas dos dedos
quando te escrevo.
Falarei de alto,
como quem diz
quero-te (sempre em presente)
e aguardarei que traga a resposta o eco.
O eco.
Sonharei para dentro
e continuarei tecendo
teias de aranha
nos olhos, nos olhos meus.
Memoria
Há 4 anos