Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Tempo de regresso

Chegou o tempo de sair
a navegar pelos caminhos,
humedecer a pele,
hidratar os olhos,
molhar os cabelos.

Está na hora de eu ser
rio também,
sereno ou agitado,
de abranger as margens
do universo
de mãos liquescentes;
de alcançar o mar
com os pés
e a nascente, de testa a fluir
a montante.

É boa altura já para ascender
pelos meandros e as auroras
de onde vim.

2 comentários:

xenevra disse...

Penélope disse: "eu tamén navegar"
(versos de Xohana Torres)

Que os ventos che sexan propicios

Sun Iou Miou disse...

Não quero ventos propícios para esta viagem, xenevra, que me façam ascender mais rápido. Também não os quero em contra, que me façam o ascenso penoso. Remontar o rio com os pés ancorados na vontade de viver, isso é o que quero.