Andam os cachorros das espanhas
com impunidade de estrangeiros
pelas esplanadas tugas
―verão foi sempre verões―
a devorar congéneres quentes
prévio arrefecimento dos ditos
sobre a mesa assim tipo metálica,
ocupadas as bocas em vozes
de que abrolha incontida
a euforia hormonal em flor.
Acompanham-se dum líquido
(de aspecto nada sedicioso, sedífero, sedutor?,
se bem se pensa, não que importe),
a modo de mostarda,
cuja fórmula prospera
com zelo em caixa-forte
junto a um rato criogenizado
e várias estrelas ao calhas,
com que insuflam o estômago
da imatéria aérea exacta
para assassinar a cozinha mediterránica
a graves notas ex-abruptas,
sem desculpe-mes.
Aqui ao menos ninguém fala de bola.
Memoria
Há 4 anos
3 comentários:
Portugal - Brasil é daqui a menos de uma hora...
Já me informou a senhora a quem compro as cerejas.
Tenho de aperfeiçoar o sotaque. E não foi que a senhora (que é portuguesa, atenção) me perguntou se era brasileira...?! Mais será pelo excesso de vogais do que pelo corpo de samba.
ok
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