Desenvolver
―o que quer que for―
conforta?
Agir metodicamente é imprescindível
para levantar as camadas com sigilo:
escolhe-se um campo assoalhado,
esfola-se o inoxidável com lâmina de aço,
com vagar retira-se o adiposo panículo que amortece
e abre-se em lascas
―até que enfim desvendado!―
o mistério do cerne
pulsante,
sanguíneo,
nervudo,
antes de tanger com agulha sensitiva
no osso a melodia da fragilidade.
Ora bem... Em geral,
os espectadores carecem de coragem,
―fora da devassa clínica ou morbosa―
para contemplarem
a exposição pelada
duma ausência no desfalecimento
e o olhar vidrado dos voyeurs
antes morre pela penumbra vulnerável dos jardins
em noites aluadas
sobre epidermes pálidas.
De aí a solidão da carne sob a intempérie!
Memoria
Há 4 anos
3 comentários:
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Pois, Maria.
Pois, María.
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