Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Incessante

Tenho de deixar o café a deshoras,
definitivamente, digo,
porque é noite e acordo
intuindo o teu sorriso esculpido
e fantasmas que falam as palavras tuas.

Tenho de beber mais café a deshoras,
evidentemente, penso,
porque é noite e durmo
só vendo o perfil da tua ausência
e os espectros que calam quanto não me escreves.

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