Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

terça-feira, 28 de abril de 2009

Futuro imperfeito

Esculpirei sem pedra,
por exemplo,
e negarei o que sinto nas pontas dos dedos
quando te escrevo.

Falarei de alto,
como quem diz
quero-te (sempre em presente)
e aguardarei que traga a resposta o eco.
O eco.

Sonharei para dentro
e continuarei tecendo
teias de aranha
nos olhos, nos olhos meus.

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