Na alva em que tu virou ele
e me descobri a falar contigo.
Para Laura Ferreira dos Santos
e me descobri a falar contigo.
Para Laura Ferreira dos Santos
Não tem medida a dor
nem tenho eu espaço bastante
para a guardar
nas gavetas secretas do poema,
antes me transborda das margens
do caderno
em que rascunho,
ilegível mente,
a rosada insistência do amanhecer
que me assalta
após a noite,
mais uma,
despida
do abraço em que fiquei presa
querendo sem querer;
despojada
de metas a longo prazo:
o mundo é aqui e agora,
nesta mágoa única e minha,
nestas lágrimas únicas e minhas,
que a sós para ele,
em memória,
se transformam.
7 comentários:
O fado é português!
O fado é universal e infinito, Maria.
ainda me ensinas a gostar de fado... que ironia, María.
Dificilmente, Maria, te possa ensinar a gostar de fado, porque não gosto... em geral. Alguma vez, excepcionalmente, ouvi algum de que gostei, talvez não precisamente pela música, mas pela voz. Mas isto tudo não invalida o que disse antes. Não suporto jazz, por exemplo (ó sacrilégio!), e isso não quer dizer que o jazz não preste -e muito, parece a julgar pelos olhares assassinos que me dedicam quando afirmo isto- ao resto do mundo.
há coisas que não se dizem... mas "o pensamento é vadio"...ensina-me a tua música...que fado já conheço...
Vamos afinar, então, as três cordas do estendal.
ok
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