Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

domingo, 13 de junho de 2010

Arnês no ar

Correria agora pelas margens
de mim
para que sobrasse, talvez, uma esteira de gritos
sem eco...
Mas está tudo em volta minha
sem edifícios
e não tem pele a ausência
de ti
em que amarre a linha de vida
que me suspende em quedas livres,
absolutamente livres
sobre o futuro.

As convulsões que me sacudem
no turbilhão do infinito
em que me destranco e voo
quebram-me o fôlego
e a espinha:
não me matam,
antes morrem-me
aos pedaços.

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