Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Periscopiei-me

Hoje anoiteci girafa,
em toda altura de mim
vaidades,
e saí a passear as ideias soltas
e as solidões
em liberdade vigiada,
vista sempre em frente
e atrás babas de caracol.

Reparem: ainda tenho pulso
e as mesas da esplanada são brancas,
as cadeiras cómodas,
a leitura plácida.
Não há ninguém comigo no paraíso.


(Isto está uma paz assustadora.)

7 comentários:

Maria José Meireles disse...

E eu?

Sun Iou Miou disse...

'Tavas? Não te vi.

Maria José Meireles disse...

"Paz assustadora", que belo paradoxo...

Sun Iou Miou disse...

Pois, Maria, e esta noite era a mesma coisa. Vou continuar a ir por ali.

Maria José Meireles disse...

ok, talvez me vejas, ouças, fales. "eu sei esperar..."

Sun Iou Miou disse...

Desconfio que seja coisa do tal mundial esse. E estão já quase aqui os julhos e agostos de todas as invasões.

Maria José Meireles disse...

ok