Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Com licença

Para o O. M.

Documentava-te agora mesmo
com os papeis meus autênticos,
fosse assim fácil fazer igual dizer:
data de nascimento e nacionalidade,
que me sobram tanto
nestes dias de lusco-fusco e outonos.
E era tão bom que fosses tu eu,
só ante as autoridades competentes
e para que conste:
bilhete de identidade,
permissão de residência,
carta de conduzir e amar
nesta terra de tão altas fronteiras
em que naufrago, nada sendo.

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