Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

sábado, 22 de agosto de 2009

O meu quimbanda?

Sou curandeira das frases doutros:
é esse o meu ofício silencioso.
Não elevar a voz, que ninguém repare nas cicatrizes.
Mas que dói às vezes tanto ser sombra,
tanto espectro, tanto nada,
tanto lutar contra infecções sem remédio,
incompetências alheias,
lidar para dotar de alma
carne que só merece sepultura.

E a mim quem me protege da miasma
que me corrompe o sangue?

Sem comentários: