Agora é virar a página,
escrever ponto,
viver não, sonhar não,
imaginar sem sentimento.
É alimentar a desconfiança,
que deposita os ovos seus filhos,
receios diminutos de longos incisivos,
nos cantos mais remotos da mente,
à espreita do instante oportuno
para atacar, roer, consumir-me
sem pressa, letais parasitas.
Agora é virar a página
e encontrar
que o caderno acabou
antes de iniciado.
Memoria
Há 4 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário