Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

domingo, 8 de novembro de 2009

Recondensação

Talvez convenha transcrever a limpo
com orgulho fátuo, em frases alinhavadas, claras,
de caligrafia escolar,
a prosa mágica dos domingos.

Um caderninho datado aparece,
solitário e prenhe de antigamentes esculpidos,
runfar de merengues, a música dele,
evocações de fantasias e imatérias,
de miragens nunca alcançadas.

As alegrias parvas nem se sabem ocultar,
antes se vestem de panos e estrelinhas nos pés,
perdição delas
em mãos dos assassinos de cores e pirilampos.

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