Talvez convenha transcrever a limpo
com orgulho fátuo, em frases alinhavadas, claras,
de caligrafia escolar,
a prosa mágica dos domingos.
Um caderninho datado aparece,
solitário e prenhe de antigamentes esculpidos,
runfar de merengues, a música dele,
evocações de fantasias e imatérias,
de miragens nunca alcançadas.
As alegrias parvas nem se sabem ocultar,
antes se vestem de panos e estrelinhas nos pés,
perdição delas
em mãos dos assassinos de cores e pirilampos.
Memoria
Há 4 anos
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