Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

domingo, 18 de julho de 2010

Coordenadas elípticas

Entregou-me um cartãozinho
com o endereço e um mapa.

―É só poesia e teatro ―segredou-me clandestinamente.

Se me virem entrar porta adentro
se nunca mais me virem sair,
calma!,
não me procurem.

Encontrar-me-ei lá eu
num único verso livre,
o que me foi destinado
na antologia
dum poeta esquecido na prateleira
do futuro anterior.