Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Manual para as sobrevivências

Perfaço dias,
um a um,
na tua ausência.

Destilo-me,
bebo-me,
vaporo-me.

Quebranto-me,
do tudo ao nada,
conserto-me.

Arrevesso-me
da cabeça aos pés
mastigo-me.

Executo-me
golpeando as letras
sobre o papel.

Costuro noites
entre estrelas:
ressurjo ainda.