Admira-me que tenha de haver espaços reservados para pessoas frágeis,
que as gentes não se saúdem quando se encontram na porta do elevador,[a subir e descer pelas escadas
ou visto de aqui, aldeia aldeíssima,
esses urbanitas que para cá vêem por causa do menor preço da vivenda,
[sem nada quererem saber de ervas, dos bichos que esmagam,só alcatrão e muros altos, ignoram o bom dia-boa tarde no caminho,
como dizendo
—E esta velha agora a falar sozinha?
—Será que pensa que me conhece?
Sozinhos todos a falarmos por telemóveis e internetes
com desconhecidos, que desconectamos à vontade,
que matamos quando nos cansamos deles,
como tamagótchis.
Alguém me disse há pouco:
Depois da poesia é tudo uma merda.
Vamos é pintar versos na rua!
2 comentários:
E antes da poesia só inexiste o nada.
Pois, Rosa.
Obrigada pela visita. :)
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