Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Antiácido

Corrosão é resultado do veneno
do corpo à intempérie impregnado numa
tela de bondadezinhas,
essas que destilam
vampiros mascarados de beija-flores,
sangue encardido nos dentes,
fétido e frio o alento.

Apaguem-se os vestígios de vómito
e adormeça-se no embalo
dum andamento sinfónico,
poco allegretto, como quem diz,
agora sim, eternidade.