Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

sábado, 23 de outubro de 2010

Sobre cordas circulares

Ouço
e não preciso de ir ao fundo de mim
para me descobrir mil e uma lágrimas.
Talvez seja a música que ouço agora
até sentir as paredes estremecer
como tu ouviste quando eu nem era
a magia que nos une quando já não és.
É no ar que recupero o sentido
perdido, ilusoriamente circular,
das espiras que desenhaste em mim
sobre as frágeis cordas da memória.
Ouço!