Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Virar a página ou chorar

Talvez aprendi a orgulhar-me de mim
enquanto apanhava na língua as migalhas de amor próprio
que sobraram na toalha cintilante da noite.
Calquei na térrea firmeza do chão, os pés como lagartas,
e lancei-me a imaginar o voo derradeiro das borboletas
que viria com o alvorecer dos dedos e o orvalho
luminescente a atear-me um sopro de humidade ainda.