O poema não tem mais que o som do seu sentido
"Arte poética". A criança em ruínas. José Luís Peixoto
"Arte poética". A criança em ruínas. José Luís Peixoto
Evoca-me o som da chuva,
o tintinar dos sinos da aldeia,
os passos rápidos numa rua sombria
e silenciosa,
a areia, a areia, a areia...
que outra mão deixa cair na minha como um presente,
o sal! que pica na língua e enche de água a boca:
é a criança que me habita
e constrói sonhos
para mim
quando já só sou capaz de edificar ruínas.
2 comentários:
Marabillosos soños edificados con area e sal. Precioso son este sentido
Grazas, Xenevra. :)
Enviar um comentário