Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma visita inesperada

Vidros partidos foi o que vingou
do almoço improvisado:
nem café, nem croquetes, nem ossos de pernil de peru,
vidros, as minhas mãos tontas.
O dito e o não dito,
em pedaços pequenos,
a confiança que tão grande foi
res-ta-be-le-ci-da,
o copinho minúsculo no chão,
talhado não,
quebrado, partido, roto...
como nos-outros,
tão velhos desiludidos e ainda
querendo viver tudo e tanto,
adolescentes sempre,
ou eternos imaturos
aos olhos deles.

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