Sou curandeira das frases doutros:
é esse o meu ofício silencioso.
Não elevar a voz, que ninguém repare nas cicatrizes.
Mas que dói às vezes tanto ser sombra,
tanto espectro, tanto nada,
tanto lutar contra infecções sem remédio,
incompetências alheias,
lidar para dotar de alma
carne que só merece sepultura.
E a mim quem me protege da miasma
que me corrompe o sangue?
Memoria
Há 4 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário