Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

segunda-feira, 22 de março de 2010

No dia da véspera em que fui ao teu encontro...

Nada permitia prever que
no dia seguinte
um estremecimento
intimo e profundo
me fosse acordar
da letargia.

Nenhum sinal havia às tantas
nos poisos do café
menos nas estrelas
(sempre a fingirem de vivas)
nem no arroz de sarrabulho.
Parecia, ao longe, um sábado qualquer.

Talvez algum deus aborrecido forçou o destino
numa estudada combinação de factores
desviando o curso da derrota
pelos meandros
duma lição de história a modo de preliminares
até o altar da consagração.

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