Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A poesia recomenda a viagem

Para aniversariar um preâmbulo

No início foi o poema e sobre
a sua fragilidade ergueu-se a fé
e mais o medo, a cumplicidade e
a destruição dos sonhos: a carne,
o vinho na mesa e os seus versos interruptos.

Foi no final o poema e a dissolução
consistente dum edifício etéreo
e mais a raiva, o desamparo e
a invenção da culpa: o prato,
o copo vazios e a sua viagem truncada.