Tudo depois da poesia é uma merda.
Ademar Santos

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A minha vez

Aparecesse Ela agora à porta,
sem o aviso prévio entregue,
e pronunciasse,
o dedo indicador na mão-revólver,
a sentença irrevogável:

―A seguir, vais tu!

fitá-la-ia, sem medos nem escusas,
e voltar-lhe-ia as costas para fazer as malas
de que não precisarei para essa viagem:
a travessia por que irei ao meu encontro,
o caminho para dentro de mim.